Ex-cabeleireira cria pia portátil e já exporta para EUA e Europa



  • A ex-cabeleireira Gislaine Marcandali (em pé) criou pia portátil para atender a clientes em domicílio
    A ex-cabeleireira Gislaine Marcandali (em pé) criou pia portátil para atender a clientes em domicílio
Forçada a fechar o salão para cuidar dos filhos, a ex-cabeleireira Gislaine de Fátima Marcandali, teve uma ideia que a colocou de novo no mundo dos negócios. Ela criou um lavatório portátil para cabelos e algumas unidades foram vendidas para os Estados Unidos, Espanha e México.

O equipamento tem duas rodas, cerca de 20 kg e não é ligado ao sistema de encanamento. Basta o operador do aparelho encher um dos reservatórios com água e ligar na tomada. Depois de dez minutos, a temperatura está ideal para a lavagem dos cabelos.

A água é bombeada até um chuveirinho e, em seguida, desce para outro reservatório vazio com a mesma capacidade do anterior. Por fim, o líquido é escoado do segundo reservatório pelo ralo, através de uma mangueira que é abaixada, da mesma forma como numa máquina de lavar roupas.
O lavatório pode ser desmontado em três partes e transportado em um carro. Para cabeleireiras que não possuem automóvel, existe uma opção sem os reservatórios de inox.


Esse modelo alternativo vem com um pedestal, um aquecedor e uma cuba de acrílico e pesa menos de 5 kg. É desmontável e pode ser transportado em uma sacola grande. No entanto, é necessário estar próximo a uma torneira para que a água seja captada e aquecida.

Clientes lavavam cabelo no tanque

O aparelho foi inventado para solucionar problemas rotineiros. Depois de fechar o salão, a ex-cabeleireira continuou atendendo algumas clientes antigas em domicílio para elevar a renda familiar. Elas, no entanto, tinham de lavar os cabelos no chuveiro, na pia ou até mesmo no tanque.
  • Leonardo Soares/UOL
    O lavatório portátil de inox escovado (à esq.) tem cerca de 20 kg. Já o modelo no pedestal (à dir.) pesa menos de 5 kg
Muitas vezes, por não ter o equipamento apropriado para a lavagem, resíduos das tinturas não eram removidos completamente.

"Algumas clientes tomavam banho para retirar a tinta, mas não lavavam o cabelo corretamente. O profissional é quem sabe o tempo certo e as áreas que precisam de enxágue", afirma. Além disso, havia clientes que reclamavam de dores nas costas quando se encurvavam para lavar os cabelos no tanque.

Em 2007, a Marcandali procurou a ajuda do Sebrae-SP, instituição e apoio a micro e pequena empresa, e do IPT (Instituto  de Pesquisa e  Tecnologia) para desenvolver o lavatóri  . A produção é feita sob demanda e os preços dos equipamentos em inox escovado variam de R$ 2.350 a R$ 2.980. Já os modelos de pedestal custam R$ 1.340.

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